Estudos realizados propõem soluções energéticas para Região Amazônica
O estudo conclui que a geração de energia elétrica, a partir de fontes renováveis, em sistemas isolados na região amazônica é economicamente viável e sustentável. 19/04/2012 Leia mais O Brasil enfrenta um dilema para o atendimento energético de comunidades localizadas em regiões remotas, em sua maioria são pequenos povoados da região amazônica. O que objetivou, recentemente, um estudo realizado pelo Centro Nacional de Referencia em Pequenas Centrais Hidrelétricas – CERPCH, da Universidade Federal de Itajubá na busca de parâmetros para atendimento destas comunidades. O estudo conclui que a geração de energia elétrica, a partir de fontes renováveis, em sistemas isolados na região amazônica é economicamente viável e sustentável. Desde que uma serie de parâmetros sejam atendidos: a instalação da unidade geradora seja considerada um investimento social, investimento este onde não implicaria em um retorno financeiro para o investidor; a comunidade e demais estabelecimentos atendidos devem pagar pela energia consumida; a operação e manutenção das unidades geradoras devem ser terceirizadas para agentes privados; e recursos federais como RGR, CDE e CCC devem servir como incentivo à implantação destas unidades. O estudo, também, contemplou as diversas tecnologias renováveis adaptadas a região e através da analise de diversos projetos já instalados na região foram apontadas as três fontes de maior adaptabilidade: a solar fotovoltaica, a micro central, e térmicas a biomassas. Devido à disponibilidade da fonte primaria e a robustez dos equipamentos. Vale ressaltar que durante o período em que foi realizado o estudo a Aneel realizou uma audiência publica para regulamentar os leilões para atendimento de comunidades remotas, indo ao encontro dos estudos realizados pelo centro. O objetivo do trabalho foi buscar subsídios para o atendimento de parte da população ainda sem atendimento de energia, para inclusão das comunidades por meio de geração de renda e melhoria na qualidade de vida. Bem como dar apoio à comunidade, antes e depois do projeto para que a mesma possa fazer a transição de um cenário sem luz para um cenário que pode ser iluminado, afirmou o secretário Executivo do CERPCH e coordenador dos estudos, Geraldo Lúcio Tiago Filho. Os resultados dos estudos foram apresentados em um workshop realizado no dia 29 de março, em Brasília, onde estiveram presentes, membros de comunidades isoladas da região norte, empreendedores da região amazônica, ONGs, Ministérios de Minas e Energia, Ministério de Ciência e Tecnologia, pesquisadores e entidades de classe do Setor Elétrico Brasileiro. Todo o projeto contou com apoio da Embaixada Britânica no Brasil. O workshop contou com apresentação da Dra. Adriana Coli, do escritório Siqueira Castro Advogados, associado da Apine, que desenvolveu o capítulo do estudo referente aos aspectos legais da geração de energia por fontes alternativas nos sistemas isolados e remotos. |
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