Geradoras temem mudanças no cálculo do preço da energia elétrica
Segundo o presidente da Apine, uma alteração na fórmula do PLD deveria ser feita com calma e não às pressas
04/03/2013

Uma possível mudança no cálculo do Preço da Liquidação das Diferenças )(PLD), ou o preço da energia elétrica no mercado disponível, preocupa as geradoras de energia.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine), Luiz Fernando Vianna, uma alteração na fórmula do PLD deveria ser feita com calma e não às pressas, para resolver os problemas com o acionamento das termelétricas. O despacho das usinas térmicas já custaram ao país mais de R$ 2 bilhões desde o fim do ano passado.

“A nova metodologia [do PLD] precisaria ser testada antes”, diz Vianna, para quem a nova fórmula só deveria entrar em vigor em janeiro de 2014. O executivo reuniu-se hoje em Brasília com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Já existe uma proposta, atualmente em discussão pelos técnicos do MME, para que a metodologia do PLD seja modificada para incluir o despacho de termelétricas fora da ordem de mérito de custo. Hoje, isso não acontece. Esse despacho é cobrado por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que supostamente teria de ser pago mensalmente pelas distribuidoras — o governo estuda uma maneira de amenizar esse pagamento. Mais tarde, o ESS teria de ser repassado para os consumidores finais, por meio de um reajuste na conta de luz, o que o governo tenta evitar, para não pressionar a inflação.

Segundo o presidente da Apine, além da preocupação em torno de uma eventual mudança do PLD, a entidade também disse ao representante do governo ser contrária a um possível rateio do ESS. A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), que reúne indústrias, defende a ideia de que os geradores também comecem a pagar pelo ESS.

 

(fonte: Valor Econômico)