"Aberração" ambiental
Os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente reconhecem haver excessiva burocracia no andamento dos projetos.
18/10/2013

Empresários, investidores e o próprio governo condenam os elevados custos e os seguidos atrasos em grandes obras do setor elétrico provocados pelas exigências de órgãos ambientais e disputas judiciais. Os ministérios de Minas e Energia (MME) e do  Meio Ambiente (MMA) reconhecem haver excessiva burocracia e intromissões indevidas de agentes do Ministério Público no andamento dos projetos. E ressaltam: a inclusão das questões sociais nas demandas ecológicas das regiões atingidas acabam extrapolando todos os limites ao serem judicializadas.

"Precisamos reformatar o sistema de gestão ambiental para simplificar processos e agilizar respostas”, afirmou ontem a titular do MMA, Izabella Teixeira. Ela acredita que o governo tem conseguido avanços em questões relacionadas a usinas e linhas de transmissão. Na mesma linha, o secretário executivo do Minas e Energia, Márcio Zimmermann, reclamou do chamado Custo Brasil gerado pelas demandas socioambientais.

Carências
Só 20% dos custos impostos aos consórcios construtores se referem ao meio ambiente. Os 80% restantes são de ordem social. O setor elétrico não pode resolver as carências do Brasil, sob risco de ficar inviabilizado”, protestou Zimmermann. Ele chamou de “aberração” os estudos de bioma e de flora exigidos dos empreendedores.

 

Fonte: Correio Braziliense