Leilão A-5 terá apenas um projeto hidrelétrico
A única usina que será colocada em disputa é Itaocara I, de 150 megawatts (MW) de capacidade instalada, no rio Paraíba do Sul (RJ) 28/11/2014 VALOR - O governo vai ofertar só um projeto hidrelétrico no leilão de energia "A-5", que será realizado hoje e negociará contratos para início de fornecimento em 2019. Segundo informou o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, a única usina que será colocada em disputa é Itaocara I, de 150 megawatts (MW) de capacidade instalada, no rio Paraíba do Sul (RJ), com preço máximo de R$ 114 por megawatt-hora (MWh). Inicialmente, o governo pretendia incluir quatro hidrelétricas no leilão. Além de Itaocara I estavam previstas as usinas de Ercilândia (87 MW) e Apertados (139 MW), ambas no rio Piquiri (PR) e Perdida 2, de 42 MW, no rio Perdida (TO). Os projetos Ercilândia e Perdida 2 não obtiveram licença prévia ambiental a tempo de serem incluídos no leilão. Com relação a Apertados, ainda não se sabe a razão para o empreendimento ter sido retirado da licitação. A hidrelétrica de Itaocara I teve a concessão devolvida pela Light e a Cemig em agosto de 2013, porque a licença de instalação só foi concedida dez anos depois do contrato, o que inviabilizou economicamente o negócio. As duas empresas, porém, já sinalizaram que possuem interesse em retomar a concessão da usina, com mais prazo para construção e operação. Ao todo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 821 projetos de geração para o leilão. Os projetos são de fonte eólica, solar, de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e de térmicas a gás natural, carvão e biomassa. Juntos, os empreendimentos somam 29.242 MW de capacidade. As eólicas respondem pelo maior número de projetos habilitados (577) e de potência cadastradas (14.155 MW), seguidas pelas usinas fotovoltaicas, com 179 projetos, totalizando 4.872 MW instalados. As PCHs somam 25 projetos, com 412 MW, enquanto as térmicas a biomassa totalizam 21 usinas, com 1.353 MW instalados. Estão habilitadas nove térmicas a carvão (3.890 MW) e seis térmicas a gás natural (4.142 MW). O preço-teto para as PCHs é de R$ 164/MWh. Já as térmicas a carvão, gás natural e biomassa terão preço máximo de 209/MWh. As usinas solares fotovoltaicas terão preço-teto de 137/MWh. Por Rodrigo Polito
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