Aneel aprova edital de leilão de energia de reserva para termelétricas movidas a gás
O leilão foi marcado para 15 de junho e os contratos preveem início da entrega de energia em janeiro/2016, por 20 anos
14/05/2015

BRASÍLIA (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quinta-feira o edital do leilão de energia de reserva para novas usinas termelétricas movidas a gás natural e estabeleceu preço-teto de 581 reais por megawatt-hora (MWh) para a disputa.

O leilão foi marcado para 15 de junho. Originalmente, o certame estava previsto para ocorrer em 29 de maio, mas a Aneel decidiu adiar uma vez que o edital foi votado apenas nesta quinta-feira e o prazo mínimo entre a publicação do documento e a realização do leilão é de 30 dias.

Os contratos preveem início da entrega de energia em janeiro de 2016, ao longo de 20 anos.

Segundo uma fonte do governo, já há quatro empreendimentos cadastrados para o leilão, todas térmicas movidas a Gás Natural Liquefeito (GNL).

O diretor da Aneel José Jurhosa, relator do processo, disse que o preço-teto ficou acima do de outros leilões porque, neste caso, diferentemente de outros contratos, as termelétricas que vencerem serão obrigadas a gerar durante oito horas por dia e o preço já inclui a remuneração completa das plantas.

Isso envolve tanto a remuneração fixa, quando elas não estão gerando, quanto o pagamento pelo combustível quando elas estão acionadas.

"Nos outros casos, quando você gera você precisa pagar o combustível e o preço fica maior do que esse", disse Jurhosa a jornalistas, após reunião da agência para aprovar o edital.

As usinas que vencerem o leilão terão de se conectar às redes dos submercados Sudeste e Centro-Oeste do país, o que torna este um leilão regional, segundo Jurhosa.

Ele destacou que o certame ajudará a garantir a segurança energética do país, ainda mais levando em conta que as usinas entrarão em funcionamento no início do ano, ajudando a poupar água nos reservatórios das hidrelétricas em um momento em que houve aumento do consumo devido ao calor.

Por Leonardo Goy