Leilão de hidrelétricas será adiado 'sem prejuízo para setor', diz ministro
Os recursos do pregão são aguardados com ansiedade pelo governo e devem reforçar o caixa do Tesouro 25/09/2015 Folha de SP - Brasília - O Ministério de Minas e Energia decidiu adiar para o dia 6 de novembro o leilão de 29 usinas hidrelétricas que estava previsto para ocorrer em 30 de outubro. De acordo com o ministro da pasta, Eduardo Braga, a alteração no calendário será realizada para adaptar o processo levando em conta algumas contribuições feitas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Nos apresentaram algumas sugestões para que não tivéssemos nenhuma pendência em relação ao leilão e decidimos acatar. Sem nenhum prejuízo para setor elétrico ou para a macroeconomia brasileira", disse. De acordo com Braga, a alteração será publicada por meio de portaria que já foi assinada por ele na tarde desta quinta-feira (24). Alguns dos ajustes são, por exemplo, para aumentar o número de blocos na disputa, desmembrando parte dos conjuntos de usinas antes propostos. "São detalhes mínimos. Não muda o preço nem nada. São ajustes para dar maior concorrência, maior disputa e transparência para o leilão", completou o ministro. A expectativa do governo federal é de conseguir levantar, ainda neste ano —em meio a um cenário de crise, especialmente no setor elétrico—, R$ 11 bilhões com a concessão dessas usinas hidrelétricas. Outros R$ 6 bilhões entrariam no caixa do governo no próximo ano. O ministro Eduardo Braga, que participa nesta tarde de um evento da Apine (Associados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica), em Brasília, disse ainda que as distribuidoras de energia serão convocadas no fim do próximo mês para assinar contratos e aditivos para renovação de suas concessões. Por JULIA BORBA |
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