Mercado livre de energia cresce 122% em 2016, aponta CCEE
Número de adesões no ano passado foi 25 vezes maior do que em 2015; para a CCEE, aumento foi influenciado pelo alto preço da energia no mercado regulado 05/01/2017
Segundo a CCEE, a principal motivação das empresas para aderirem ao mercado livre é a redução dos gastos com energia. Com a adesão ao mercado livre as empresas deixam de ser clientes das distribuidoras, como as residências e o comércio, e passam a comprar energia diretamente dos geradores (usinas hidrelétricas, termelétricas, etc). Muitos desses grandes consumidores optam por contratos mais longos, o que evita que eles fiquem expostos a variações no preço da energia. Atualmente, o mercado livre representa 27% de todo o consumo de energia do país. Ao todo são 4.062 agentes do mercado livre. Em 2015 eram 1.826 e, em 2014, 1.864. De acordo com a CCEE, a alta em 2016 foi impulsionada pela adesão dos chamados consumidores especiais, formados por empresas menores, com demanda por energia entre 0,5 MegaWatts (MW) e 3 MW, e que podem entrar no mercado livre de energia mas são obrigados a comprar energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas ou de fontes especiais como eólica, biomassa ou solar. Das 2.303 empresas que entraram no mercado livre em 2016, 2.102 integram essa categoria. Para o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, o aumento da tarifa de energia no mercado regulado (atendido pelas distribuidoras), a simplificação da medição e a melhora do nível de chuvas, que ajudou na queda do preço da energia no mercado livre, influenciaram a migração. Altieri acredita que 2017 ainda terá um grande movimento de migração, já que a CCEE ainda tem 1.121 processos de adesão abertos, 1.044 de consumidores especiais e 77 de consumidores livres. Por Laís Lis |
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