Governo prepara leilão para substituir geração cara de energia por mais barata
Diretor-geral da Aneel disse que governo lançará consulta pública nas próximas semanas 29/08/2019
O objetivo do leilão é conseguir substituir pelo menos cerca de 3 mil megawatts (MW) de geração em termelétricas a óleo, que tem custo elevado, cujos contratos vencem entre 2023 e 2025, por uma geração de menor custo, como por projetos de térmicas de gás natural. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel), André Pepitone, ao ressaltar que o governo ficou preocupado com o elevado custo das tarifas nos últimos anos. Uma das ações será justamente conseguir novos projetos de geração a um menor custo, para subsitutir termelétricas a óleo que são muito caras. Segundo Pepitone, o governo está empreendendo uma agenda de desoneração tarifária por estar preocupado com os altos custos das tarifas de energia. Segundo o executivo, de 2001 a 2018, as tarifas estão subindo a patamares superiores aos indicadores inflacionários tanto do IGPM como do IPCA. E segundo o executivo, foi a primeira vez que isso aconteceu. - E isso chama a atenção e precisamos imprimir ações de desoneração tarifária. E quando olhamos o gráfico, um dos principais custos da tarifa é a geração de energia. A ideia é substituir térmicas que têm custos acima de R$ 1.000 o megawatt (MW)/hora que encarecem o portfólio de geração - destacou Pepitone. Nas próximas semanas, o Ministério de Minas e Energia vai lançar consulta pública para tratar dos detalhes desse leilão e suas diretrizes. - O foco desse leilão é substituir essa geração cara em 2023, para que a gente não se veja compelido a prorrogar esses contratos sob o argumento de segurança energética. E, com isso, teremos um preço das tarifas mais módico para o consumidor - destacou Pepitone, que está participando do Enase 2019. Por Ramona Ordoñez |
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